Produtividade é uma busca constante das organizações e está ligada ao estilo de gestão do negócio e à liderança de equipes. Construir um time altamente produtivo, que traga resultados crescentes e sustentáveis, é o objetivo incansável.
Essa busca tem feito líderes de diferentes perfis entenderem o que motiva seus colaboradores a superarem suas metas e trazerem resultados extraordinários.
Não podemos criar uma empresa produtiva. Podemos tornar as pessoas mais produtivas pois, juntas, elas são capazes de formar uma equipe altamente eficaz e assim tornar a empresa mais produtiva.
A neurociência tem sido uma grande aliada nesta busca pela produtividade. Ela ajudou a comprovar que criatividade e capacidade de colaboração não são, por definição, atributos permanentes, mas que podem melhorar ou piorar em função de fatores externos. Portanto é fundamental que exista um ambiente propício e estimulante para que estas duas coisas aconteçam.
Cabe aqui uma reflexão para a liderança: como você estimula sua equipe a trazer resultados diferenciados? Você comemora vitórias? Constrói um ambiente de confiança? Existe conexão e proximidade entre você e sua equipe?
A proximidade entre a liderança e a equipe é essencial para a efetividade no acompanhamento do desempenho individual e do grupo. Da mesma forma, a autonomia com responsabilidade e o incentivo à iniciativa farão toda a diferença para a construção de resultados sustentáveis.
E como agir quando as coisas não vão bem, de acordo com o esperado? O que fazer quando os resultados ficam aquém da expectativa?
A abordagem que utilizamos para cobrar resultados, pode fazer total diferença para a resposta que esta equipe dará. É preciso criar um campo onde os colaboradores se sintam respeitados e valorizados sem, é claro, deixar de apontar oportunidades de correção de rota através do feedback.
A psicóloga Carol Dweck, em seu livro “Mindset”, analisou o efeito da chamada mentalidade fixa ou a atitude de pessoas que pensam em si mesmas ou nos fatos como obras acabadas, em contraposição à mentalidade de crescimento, segundo a qual tudo pode ser melhorado. Para Carol, é possível desenvolver a segunda atitude ao centrar a discussão nos pontos necessários para melhorar o desempenho futuro.
A mentalidade de crescimento, segundo Carol, pode ser moldada por meio de novas experiências, hábitos e feedbacks frequentes, levando as pessoas a encontrar novas alternativas na busca de resultados. O mindset de crescimento se baseia na crença na mudança. As pessoas de mindset de crescimento buscam o aprendizado: o que posso aprender com esta experiência? Como posso me aperfeiçoar? Como posso ajudar meu parceiro a fazer melhor?
Vale a pena a liderança refletir também sobre como o reconhecimento tem o poder de mobilizar, sensibilizar e prestigiar colaboradores com performance diferenciada, e também como as recompensas desencadeiam no organismo a produção de dopamina, neurotransmissor ligado ao foco, à memória, ao entusiasmo e à disposição para assumir riscos.
Carol traz, no livro, uma reflexão sobre líderes e mindset de crescimento, e de como este perfil é mais leve, suave e menos opressivo. Eles creem no potencial e no desenvolvimento humano deles próprios e de suas equipes. Não falam de suas conquistas na primeira pessoa, porque sabem que não fizeram nada sozinhos. Falam em trajetos. Trajetos inclusivos, cheios de aprendizado de satisfação. São meritocráticos, valorizam e reconhecem equipes produtivas.
O líder precisa ter uma estratégia clara de gestão da produtividade com sua equipe. Deixar claro suas expectativas, fazendo contratos individuais e de grupo, compartilhando os objetivos macro para que, através de indicadores, possa medir a contribuição de cada um para o resultado do todo. Desafiar e estimular sua equipe na busca de novos projetos e responsabilidades, encorajando-a a utilizar toda a sua capacidade de realização vai ativar o protagonismo do grupo, proporcionando um ambiente de participação, autonomia e confiança.
