A confiança está no centro do O Elemento Humano®. Na verdade, é o cerne de qualquer negócio. Quando confiamos uns nos outros, não temos medo de falar com franqueza, estamos abertos a novas ideias, não somos defensivos e somos mais engajados e inovadores. Mas, muitas vezes não levamos em conta a confiança e outras questões humanas. na medida em que estão relacionadas aos nossos resultados.

O negócio mudou…

Os negócios evoluíram dramaticamente nas últimas décadas. E-mail, videoconferência e outras ferramentas tecnológicas permitiram que nos comunicássemos de maneiras nunca antes possíveis, tornando o trabalho em equipe global uma realidade. A mídia social também nos conectou de novas maneiras a colegas, parceiros de negócios e clientes. Além disso, com a internet e os smartphones, as informações estão ao nosso alcance em qualquer lugar e a qualquer momento. A tecnologia, e o quanto estamos viciados nela, obscureceram a fronteira entre a vida pessoal e profissional. Cada vez mais respondemos a problemas de trabalho imediatamente e realizamos sozinhos tarefas que, há não muito tempo, exigiriam uma equipe inteira. Essas imensas mudanças em nossas práticas de trabalho forçaram todas as empresas a repensar como o trabalho é feito e como nos conectamos com os clientes. As oportunidades são enormes.

Mas nós não mudamos!

Mas nós, como humanos, não mudamos quase tão rapidamente quanto a tecnologia. Questões que experimentamos antes ainda estão presentes e podem até ser aumentadas na era da tecnologia. Ainda ouvimos os clientes falarem sobre as dificuldades que os membros de sua equipe têm em trabalhar uns com os outros e com os clientes. A fofoca e o papo de elevador ainda prevalecem. Ainda estamos envolvidos com a política no local de trabalho, mesmo quando alegamos não gostar dela.

Continuamos a planejar cuidadosamente quase tudo o que dizemos, posicionando, manobrando, criando estratégias para pacificar clientes, evitar conflitos com membros da equipe e evitar transtornar o chefe. Tomamos medidas para garantir que as pessoas não possam nos culpar quando as coisas derem errado ou para situações fora do nosso controle. Nós nos posicionamos de modo que pareçamos bons e para aumentar nossas oportunidades, evitando colocar em risco as nossas posições.

Como resultado, muitas vezes, desconfiamos dos outros e podemos até vê-los como inimigos. Nós nos mantemos atentos para garantir que ambos saibamos o que está acontecendo e que estamos seguros. Em outras palavras, não confiamos um no outro.

O que estamos fazendo a respeito? Estranhamente, a maioria das empresas não dedica muito tempo ou atenção a esse fenômeno. É visto como normal. Espera-se que as pessoas aceitem e compreendam que a desconfiança na vida organizacional é a norma. Somos jogados neste mundo inseguro e devemos navegar sem qualquer instrução. Permanecendo em silêncio, conspiramos uns com os outros para manter o mito de que todos nós devemos saber automaticamente cooperar. E, no entanto, há consequências graves ao ignorar o lado humano dos negócios. Interpretar mal a política, perturbar o executivo sênior errado ou atrapalhar os colegas de equipe podem ameaçar o emprego de alguém, ou mesmo a carreira dele. Agora que identificamos o problema, é hora de ver o que está nos custando.